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Marcos Pontes quer “maior reflexão” sobre privatização dos Correios
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, disse ao Estadão que não é contra a política de privatização de Paulo Guedes, mas que a decisão de vender estatais precisa levar em conta a garantia dos direitos dos servidores.
“É uma decisão importante que afeta dezenas de milhares de famílias e precisa ser feita de forma responsável e lógica, sem precipitação”, disse.
No que depender do “astronauta brasileiro”, os Correios (que têm mais de 100 mil funcionários e acumulam prejuízos) não serão privatizados tão cedo.
Fonte: O Antagonista, 21/04/2019
Correios são finalistas do Prêmio ABComm 2019
Os Correios estão na final do Prêmio ABComm 2019, categoria Melhor Logística no E-commerce 2019. Vencedora da premiação em 2018, a empresa busca o reconhecimento pelo segundo ano consecutivo.
O prêmio da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico reconhece profissionais e empresas que se destacam no mercado digital. O vencedor será escolhido por voto popular no site da ABComm até a próxima segunda-feira (8).
Os indicados foram selecionados entre mais de 7 mil empresas e profissionais de destaque no mercado digital. Além de avaliar a melhor logística do e-commerce 2019, o prêmio também reconhece cases e empresas de destaque nas categorias Destaque em Serviços Digitais, Melhor Plataforma de E-commerce, Ferramenta de Marketing Digital, Logística no E-commerce, Melhor Agência de Performance, Destaque em Tecnologia Web e Start-up do ano.
Os vencedores serão revelados em 16 de abril durante o evento DigitalizeME, em São Paulo. Além da premiação, o DigitalizeME trará debates e palestras sobre omnichannel, e-commerce, marketing digital, logística, meios de pagamento e antifraude, entre outras atrações.
ABComm – Sem fins lucrativos, a associação existe para defender os interesses das empresas e profissionais de comércio eletrônico no Brasil, ajudando no desenvolvimento desse setor.
Fonte: Correios, 05/04/2019
Correios a busca pela reinvenção da empresa
Pouco tempo depois de completar 50 anos como estatal, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ETC) pode entrar na lista de ativos do Governo Federal que devem ser privatizados, segundo indicações da equipe econômica. Com história ainda mais rica que remete ao Correio-Mor, de 25 de janeiro de 1663, a empresa vem enfrentando críticas quanto ao sucateamento pelo qual passou ao longo dos anos e corre para se modernizar e atender a uma demanda cada vez crescente do consumidor por tecnologia e comodidade.
A popularização do comércio virtual, o e-commerce, fez com que a demanda dos Correios aumentasse, levando a estatal a se movimentar. Apesar das dificuldades, o investimento em tecnologia nos últimos anos e o aumento do portfólio de serviços foram responsáveis pela volta do lucro, em 2017 e 2018, após quatro anos seguidos (2013 a 2016) de prejuízos. Além disso, a empresa chegou ao patamar de 99% na qualidade do serviço no ano passado, ao entregar quase todas das encomendas no prazo correto.
Os rumores sobre uma possível privatização dos Correios, no entanto, aumentaram. A afirmação do secretário especial de Desestatização e Desinvestimentos, Salim Mattar, de que todas as estatais estariam em avaliação, menos Banco do Brasil, Caixa e Petrobras, é ponto visto como perigoso para o doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor de economia brasileira da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Paulo Feldmann.
"Acho que seria uma loucura negociar os Correios, porque é um serviço que não se privatiza. Tem serviços que não podem ser privatizados, porque pode prejudicar a população, como é o caso dos setores de energia e logística, pois há um grande risco de monopólio", diz. Ele cita como exemplo a Eletropaulo, companhia energética que atende a grande São Paulo e foi privatizada na década de 1990. "A empresa não tem com quem competir, por isso, a tarifa é muito alta e o serviço deixa a desejar", acrescenta.
Atualmente focado em aprovar a reforma da Previdência no Congresso, o Ministério da Economia afirmou ao O POVO que uma decisão sobre o futuro dos Correios "será tomada após a prévia realização e conclusão de estudos e de avaliação da política pública desempenhada pela estatal".
A intenção da Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento do ministério é gerar eficiência e diminuir gastos. Segundo a pasta, o Brasil tem 134 empresas estatais federais. Deste total, 46 empresas de controle direto, 18 dependentes de recursos do Tesouro Nacional para suas atividades operacionais e 88 subsidiárias.
Tratativas para desestatizações já foram iniciados neste ano. De acordo com o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos e Similiares do Estado do Ceará (Sintect-CE), Pablo Jonathan Morais Albuquerque, os servidores temem perder seus empregos. Ele ainda denuncia que decisões tomadas nos últimos anos estão ligadas a "um processo de sucateamento proposital" da empresa.
"A situação dos Correios está precária. Existem deliberações claras nesse sentido, como no ano passado, quando foi extinto o cargo de operador de triagem. No lugar, uma empresa terceirizada, que onera os custos, não tem a mesma eficiência, porque caiu bastante, e isso acaba refletindo em um serviço de baixa qualidade. Existe, sim, um sucateamento da imagem da empresa", reforça.
Para o sindicalista, a importância dos Correios na logística do País é grande, assim como o papel social que a estatal exerce, como na distribuição de vacinas Brasil afora, de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e de livros nas escolas públicas, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). "No ano em que a empresa não atuou no Enem, por exemplo, a prova quase foi cancelada por fraude, em 2010. Somos a maior operação logística do mundo", destaca.
Por outro lado, Pablo Jonathan faz ressalvas quanto aos gargalos na gestão dos Correios, que precisa ser aprimorada e se alinhar às mudanças no comportamento do consumidor. "O ramo que mais cresce no mundo é o comércio eletrônico. É preciso que a empresa acompanhe de forma mais rápida as transformações do mercado".
Fonte: O Povo, 07/04/2019
Azul decide não realizar joint venture com Correios para transporte de carga
A Azul informa que decidiu não realizar o acordo comercial com os Correios referente à criação de uma empresa privada de solução de logística integrada.
Segundo a empresa aérea, no ano passado, a receita da Azul Cargo Express apresentou crescimento recorde de 57%, significativamente maior do que a empresa havia projetado em suas discussões iniciais com os Correios. “Como resultado, a companhia acredita que é de seu interesse ter flexibilidade para celebrar outros acordos comerciais mais favoráveis, assim como participar de futuros processos de licitação competitiva dos Correios para o transporte de cargas”, ressalta a Azul.
A companhia destaca ainda que a suspensão do memorando de entendimentos com os Correios não impacta as projeções financeiras da Azul para o ano de 2019.
O CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou, em nota que, apesar de não conseguir chegar em um acordo comercial mútuo com os Correios, está animado com o potencial de crescimento da Azul Cargo.
Fonte: Isto É, 27/03/2019